Introdução

A metadona, um medicamento opióide sintético, é um dos mais antigos e o mais amplamente estudado na medicina moderna. Desde o início da terapia de manutenção com metadona, em meados dos anos 1960, no tratamento da dependência de opiáceos, que esta tem ajudado milhões de pessoas em recuperação a nível mundial a conseguirem melhores condições de vida. Quando adequadamente prescrita e utilizada, a metadona é eficaz e segura.
A principal utilização da metadona é como terapia de manutenção em pessoas que pretendam deixar de consumir drogas opióides, sendo em Portugal essa a única utilização. Também é utilizada como analgésico em países pobres ou em doentes pobres em países sem sistema nacional de saúde, já que é muito mais barata do que outros opióides, ou ainda, em doentes que são refractários a outras terapias.
O enorme sucesso da metadona como terapia de manutenção deve-se ao facto desta ter as seguintes vantagens: síndrome de abstinência físico mais leve, maior duração da acção, pode ser consumida por via oral e não existe grande prazer (euforia) com o seu consumo o que ajuda a vencer a dependência psicológica.