Carcinogénese

Alguns estudos em animais sugerem uma eventual correlação entre a metadona e o aparecimento de adenomas, a longo prazo. Contudo, não está 100% comprovado, muito menos é extrapolável para o ser humano, neste momento. Além disso, as doses utilizadas são cerca de 4 a 7 vezes superiores às doses utilizadas nos humanos, contabilizando já o ajuste em função da massa corporal. Além da questão da dose, há a questão do período. Por exemplo, um tratamento de substituição em heroinómanos tem por objectivo uma diminuição progressiva até à abstinência. Claro que numa situação de utilização como droga de abuso, aí poderemos já considerar mais preocupante.Além disso, nos estudos que vimos, não há referência a um aspecto muito importante, as vias de metabolização nestes animais, isto é, a metabolização poderá não ser igual, e poderão ser outros metabolitos, que não os que se formam no Homem os responsáveis pelo processo, e não a própria metadona.

Bibliografia:

  • Brambilla, G.; Martelli, A.; Genotoxicity and carcinogenicity studies of analgesics, anti-inflammatory drugs and antipyretics; Pharmacological Research, 2009