A Metadona é considerada classe C, isto é, não há estudos em mulheres grávidas controlados que permitam uma correcta avaliação dos riscos inerentes à sua utilização. No entanto, considera-se que um tratamento supervisionado com metadona não está substancialmente associado a manifestações teratogénicas. Alguns estudos em animais revelaram teratogenicidade, enquanto outros não demonstraram o mesmo efeito. Os resultados variam de espécie para espécie.
No que diz respeito a efeitos não relacionados com a teratogenicidade, saliente-se o síndrome de abstinência que se manifesta nos primeiros dias de vida da criança e que se caracteriza por irritabilidade, choro excessivo, febre, vómitos, aumento da taxa respiratória, hiper-reflexibilidade.
No entanto, é unânime que os riscos de uma gravidez numa mulher toxicodependente não tratada são sem dúvida maiores do que pela utilização de Metadona, quanto mais não seja pelo estilo de vida de risco a que um toxicómano se expõe.
Bibliografia:
- Woulds, A.; Woodward, J.; Maternal Methadone dose using during pregnancy and infant clinical outcome; Neurotoxicology and Teratology no32 pp 406-413, 2010